Os Líderes Simplesmente têm que Mudar suas Crenças Básicas e Mentalidades para a Transformação Digit
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Apesar de muito se falar na transformação digital, os resultados destas conversas na maioria empresas é: Nenhum progresso!
A transformação digital paralisa-se, ou falha, por causa de vários motivos – frequentemente, é porque há alterações insignificantes de nível superficial que não estão trazendo nenhum efeito às operações fundamentais da empresa.
A escolha de um Chief Digital Officer - CDO sem elaboração de orçamento e sem mandato claro, não é transformação digital. Nem aumentar o orçamento destinado a mídias sociais ou à construção de aplicativos não significa transformação digital. Fazer pequenos ajustes não significa que uma Organização estará competitiva no mercado.
A verdadeira transformação digital precisa de uma transformação profunda – transformação nas crenças fundamentais da equipe de liderança. As mudanças em crenças das lideranças com certeza afetarão a Organização como um todo e a verdadeira transformação digital pode ser atinginda. Contudo, a maioria das tentativas passa por muita conversa, pouca ação e pouco resultado.
Toda empresa é construída em torno de alguns pressupostos, comportamentos e crenças tradicionais sobre como criar valor no sentido de receitas, lucros ou retornos para investidores. Na indústria, os líderes investem em sites (plantas), propriedades, equipamentos e gerenciam cuidadosamente a produção e o estoque. Em consultoria, os líderes investem em contratar e treinar pessoas e, em seguida, acompanhar cuidadosamente como estas usam seu tempo. No varejo, os líderes preocupam-se com a retenção de clientes e receitas por metro quadrado. Já para os líderes de redes digitais, como Facebook, Visa, Emissoras de Televisões, o foco está no número de membros na rede e suas interações.
Essas crenças sobre valor e como criá-lo direcionam as estratégias que os líderes implementam e as pessoas que contratam (e suas competências) e, o mais importante, os sistemas de medição que usam para avaliar o desempenho e orientar a tomada de decisões.
Na maioria das empresas, as crenças centrais são critérios indiscutíveis - até o dia em que aparecem ‘startups’ que podem mudar a situação. Hoje, a lista de novos empreendedores está se expandindo e o principal diferencial é claro: eles trazem novos modelos mentais para as indústrias existentes e criam novos modelos de negócio que encantam os clientes e os investidores.
Um CDO de uma empresa de comunicação brasileira, iniciou o ano dizendo: 'Nós não podemos mais continuar sendo só uma empresa de entretenimento... Nós precisamos fazer como a Fox Film Corporation, Paramount Studio, Universal Int. Studio, Warner Bros, WWE Studios, Oracle e Microsoft.' E para chegar lá, ele projetou um novo modelo de negócio. Ele entendeu que o sucesso exigiria a boa vontade das lideranças em fazer mudanças em todos níveis – a partir de contratação, gerenciamento de clientes e tecnologia. Ele implantou mudanças fundamentais e que não foram apenas superficiais. Para esta, e a maiorias das outras empresas fortes e de longo trajeto no mercado de entretenimento, com um mundo que está em mudança de chave [do físico para o digital] e de empresa para rede [firm to network], mudar este foco tradicional é, se bem executado, uma estratégia de sucesso infalível. A habilidade de se adaptar e se recarregar é mais importante hoje em dia do que já foi ou tinha sido.
Como é possível mudar de um modelo de negócio obsoleto para outro? É preciso começar com você mesmo. Mudar o modelo mental é um requisito prévio para mudar o modelo de negócio. É possível empresas de grandes legados de décadas mudarem o jogo e se adaptarem à era digital, mas isso exige líderes e organizações que revertam suas crenças fundamentais. De forma geral, os processos considerados para se chegar nessa nova visão são:
Identificação: de como as crenças fundamentais se manifestam dentro da empresa. Como a ética, cultura, alocação de tempo e de investimentos afetam a produção eficiente e o gerenciamento de bens físicos.
Revelação: descobrir as suas crenças fundamentais que motivam estes comportamentos. Essa etapa geralmente leva a uma reflexão sobre como as melhores práticas da indústria possivelmente influenciam sua forma de pensamento. Faça foco em suas crenças sobre ativos, criação de valor e modelo de seu negócio. Por exemplo, a crença central pode ser, 'os ativos físicos que são duráveis e confiáveis; as pessoas que são voláteis e arriscadas.'
Inversão: Inverter suas crenças fundamentais considerando as possíveis consequências resultantes. Por exemplo, em resposta à crença sobre ativos físicos acima, pode-se pensar: 'Estes ativos físicos são realmente mais arriscados do que outros ativos.' Encontre uma inversão que você aceite - uma que você acha que pode ser verdadeira - e considere como essa nova crença mudaria seu comportamento.
Extrapolação: considere as implicações que essas novas crenças fundamentais teriam sobre a estratégia, a alocação de capital e as métricas-chave. Reflita se o mercado em sua indústria está operando sob essas diferentes crenças básicas e como elas podem levar à ruptura. Considere as implicações que essas crenças teriam para seus clientes, funcionários, fornecedores e investidores.
Ação: com base em suas novas crenças e compartilhamento com seus pares, conscientemente, mude suas ações até que novos hábitos se formem - particularmente com a alocação de capital, mas também de forma mais ampla com itens como contratação, treinamento e KPI - Key Performance Indicator, indicador-chave de desempenho dos processos da empresa.
O processo-chave é a Inversão - adotando novos pensamentos e crenças que provavelmente vão entrar em conflito com os tradicionais em sua indústria e negócios. Alterar o modelo mental é o primeiro passo importante. O segundo é alocar o capital de forma diferente. Para muitas Organizações, uma aquisição ou parceria pode ajudar a transformar novas crenças em realidade.
Um CDO de uma tradicional empresa de comunicação decidiu ao invés de desenvolver a capacidade de produzir todas suas necessidades 'in-house' (dentro da empresa), optar por várias Organizações, na aquisição ou na parceria, para ajudar a transformar as novas crenças em realidade. Isso levou a empresa a iniciar sua Digital Network – Plataforma.
Seu lider afirmou: “Nós acreditamos fortemente que estratégia ‘go-to-market’ deve ser adotada, ao invés da forma tradicional para alcançar os objetivos.
Está claro que se comprometer com novo futuro exige novo modelo de negócios. E você e sua empresa? Qual o próximo passo? Você está disposto a examinar suas principais crenças? Você está disposto a entender e investir em tecnologia que apoie e construa novos modelos de negócios escaláveis? Você está disposto a colaborar e compartilhar valor com a rede de parceiros ao seu redor?
Se não, pense bem! E se faça a pergunta de quanto tempo levará para que a concorrência se infiltre no seu mercado. A resposta será evidente por si só. Está na hora de parar de falar e começar a fazer.
Tradução adaptada baseada no artigo 'To Go Digital, Leaders Have to Change Some Core Beliefs', de Barry Libert, Megan Beck e Yoram(Jerry) Wind.